quinta-feira, 2 de junho de 2011

A verdadeira perda

Eu só queria que dessa vez o meu coração não saísse pela metade. Pode não sair saltitante e alegre porque todo fim de ciclo é triste, mas que ele termine em condições de continuar batendo.
Todo começo é revitalizante. Parece que a vida ganhou sentido de verdade e muito tempo ao lado de quem se ama não parece um segundo sequer. Parece início de escola... O caderno bem cuidado e amado, mas que nem nos demos a chance de usar todas as folhas para trocá-lo. Fizemos um rascunho qualquer no final com algumas contas e bilhetes de colegas apenas para recordação.
Pare para pensar, você namorou tanto aquele caderno. Quando foi compra-lo pagou o dinheiro que você não tinha. E hoje, que tem oportunidade de ter outro em mãos não pensa duas vezes antes de esquece-lo na gaveta, ou até mesmo joga-lo no lixo.
Infelizmente hoje as pessoas também são “cadernos”. Lutam tanto, conquistam, cuidam e de um dia para outro simplesmente são esquecidas ou esquecem, e o discurso de que isso é natural não me convence mais.
Pessoas amam, pessoas sentem saudades, pessoas se importam. Enxergue quem está ao seu lado. Seja um amigo melhor, irmão melhor, namorado, filha, pai melhores.
Perdemos o tempo de ser tudo o que sonhávamos com anseios passageiros.
Isso não quer dizer que não existam pessoas de estações. Essas pessoas sim, passam pelas nossas vidas, acrescentam enquanto podem, mas uma hora ou outra partem deixando nosso coração triste, porém enriquecido de experiências que mais tarde nos ajudarão. Isso sim é natural.
O que não soa natural é perder quem está do seu lado, te esperando cheios de anseios e possibilidades. Eu não permito perder, Eu suo a camisa. Eu luto e descubro uma guerreira em mim. Mas é um desafio individual. Eu posso lutar pra não te perder, mas nada posso fazer se você já me perdeu.

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