quinta-feira, 2 de junho de 2011

Palavrinhas soltas

Claro que não esqueço seu jeito de me olhar, como se quisesse roubar todos os meus últimos pensamentos...
É que hoje estive tão perdida...
Levei comigo todos os abismos, entre eles o mais profundo.
Desde o clarear do dia ao escurecer da noite, meu principal pensamento era apenas seu...
Sinto que as coisas mudaram radicalmente para você...
Hoje já não olhas o sol nascendo, nem a chuva caindo por entre as árvores...
Talvez você perceba como é ruim andar sozinho por aí, sem ter alguém para tocar suas mãos e dizer que o mundo ainda gira em volta do Sol...
Parece que você esqueceu das coisas mais simples, dos pequenos gestos, dos melhores carinhos feitos através de apenas um breve olhar...
Parece que você nunca esteve por aqui...
E hoje já não posso tocar o seu rosto, muito menos beijar sua alma.
Me basta acreditar que um dia...
Você foi assim...
Um sol quente em minha vida, uma canção leve à tocar...
E hoje perdi a noção do tempo, quando novamente pensei em você...
Depois de tanto tempo...
Voltou a incomodar...
Talvez você planejou tudo isso, construir uma saudade apertada...
Ou talvez você não se importe...
Porque aí dentro do seu peito, tudo parece estar tão oco...
Pequenos fragmentos de amor e ódio...
Pequenas fatias de sentimentos distorcidos...
Que ainda não consigo entender
E um certo equilibrio que me faz sorrir quando olho pra você...
Ainda assim me comove...
Pensar que um dia...
Você esteve aquiLado a lado...
E hoje não faz parte de mais nada, nem de mim...
Tudo que era assim tão nosso
Acabou feito pó...
Sumiu pelo ar...
Feito gelo derreteu...
E ainda assim
Haverá outras canções
Outras primaveras...
Com cheiro de flores e sorrisos distantes...
Distantes porque não são nossos...
São livres, velozes e apenas de conveniências...
E hoje ainda tenho mil pensamentos...
E ninguém tenta desvendá-los...
Porque agora eu sou assim
Mistério sem fim
Lua de marfim
E ninguém toca
Ou nota...

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