segunda-feira, 4 de julho de 2011

Priscila Guimarães


A qualquer distância e paisagem, a sua lembrança ainda me vem como um sonho bom. 

Lembro-te por pensar que poderíamos fazer comentários insanos sobre os desenhos das nuvens, o peso das montanhas ou até mesmo a direção dos ventos. Iriamos admirar a obra prima de Deus, e você relutaria em suas filosofias científicas. Não há o interesse de minha parte em saber como tudo foi parar ali, o fato é que ser digna de admirar lugares incríveis me deixa extasiada. Mas nada na vida da gente se compara à companhia em que admira junto.

Quando aquela pessoa especial surge em nossas vidas, não importa o enredo, as distâncias, diferenças ou paisagem, uma companhia como essa abafa nossos medos. São surpresas risonhas no caminho de estradas, por vezes tortuosas, mas que nos trás tamanha luz que qualquer detalhe na jornada perde-se ao encanto diante do brilho dos olhos do outro. Neles nos enxergamos felizes, e é isso me aproxima ou afasta das pessoas.

Eu agradeço quando encontro esse tal brilho nos olhos de alguém, pois isso me salva. Por vezes em poucos minutos de conversa consigo fugir de diálogos impecáveis e me sinto largada no sofá de casa, a vontade. Não falo sobre as doenças do mundo, e nem há o receio de ficar sem assunto e distrair o olhar. Já se sentiu assim?

 Hoje, se quiser, se puder e se souber me venha como o olhar primeiro, sem uniforme ou barba feita. Me venha você, pois as vezes isso é o que faz toda a diferença. As vezes isso é o que me faz mais falta.

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